19 de março de 2012

Claridades

Que fique claro, o grito entalado é a base dos gritos da esperança, lutar, persistir, acreditar em um mundo em que as flores desabrochem ao som do som das montanhas, que fique claro, as limpas, e as crianças possam berrar teus insultos da alma, que os corpos voem juntos, grudados, em meio a gozos, sobressaltos e malicias, sim, malicias humanamente humanas, entregues ao desejo profundo do ser, que a humanidade aqueça nossos braços, pernas, virilhas, e nos aperte, sem prender, pelo simples respeito ao ser, ao sobrevoar, ao acalentar, que as bruxas saiam as ruas, com sua belas verrugas, e plantem com desdém as "virtudes" de um povo imerso em sua própria sujeira, que as fadas permaneçam nuas, cruas, puras, que as vozes sujas cubram as noites, em meio fumaças, pernas cruzadas, e sonhos gritados, que seja! Que o terno sufocante seja jogado na esquina alucinante, que a sujeira dos cabelos sejam visíveis, pra se ver, entrar, penetrar, que possamos adquirir o direito de nos auto invadir, em meio lençóis das cidades cinzas, e no não fim, que as árvores gélidas balancem, e os gemidos ecoem em torno dos hemisférios, que entrem em nosso ser hoje petrificado, e nos liberte, e os sorrisos sejam sinceros, e os sonhos, possíveis.



      "Abaixo a auto repressão, que o universo que consiste cada grão possa formar definitivamente a junção..."

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