marginalizaram nossos corpos do que era lei, do que era fanático, sagrado, cozido, destino, comido com colher.
marginalizaram-nos porque comemos com as mãos, com as ancas, com as pontas dos dedos;
por termos línguas inquietas.
marginalizaram-nos porque cantamos o que não se considera santo,
porque apodreceríamos as maçãs submissas,
porque deixamos de sacrificar os bichos e nos igualamos a eles,
porque recusamos a ordem e os padrões,
porque não cabemos na hierarquia,
porque cantamos a anarquia,
porque os nossos corpos nunca pertenceram a ninguém senão a nós mesmas,
porque desacatamos fardas,
porque atentamos ao pudor,
porque gozamos como se implorássemos por fogueira,
porque abandonamos altares e sapatos,
porque nos libertamos da dita salvação.
marginalizaram-nos porque somos santas demais para tanta putaria eucarística
e putas demais para tantas santas mentiras.
por: Mayara.
http://collerica.blogspot.com.br/
Libertários
29 de maio de 2012
21 de maio de 2012
“Se cuida se cuida se cuida seu machista Que o mundo inteiro vai ser todo feminista”
“Ô abre alas que as mulheres vão passar,
Com essa marcha muita coisa vai mudar,
Nosso lugar não é no fogo ou no fogão,
A nossa chama é o fogo da revolução!”
17 de maio de 2012
8 de maio de 2012
Somos todas vadias!!!
No
Brasil, marchamos porque aproximadamente 15 mil mulheres são estupradas
por ano, e mesmo assim nossa sociedade acha graça quando um humorista
faz piada sobre estupro, chegando ao cúmulo de dizer que homens que
estupram mulheres feias não merecem cadeia, mas um abraço; marchamos
porque nos colocam rebolativas e caladas como mero pano de fundo em
programas de TV nas tardes de domingo e utilizam nossa imagem semi-nua
para vender cerveja, vendendo a nós mesmas como mero objeto de prazer e
consumo dos homens; marchamos porque vivemos em uma cultura patriarcal
que aciona diversos dispositivos para reprimir a sexualidade da mulher,
nos dividindo em “santas” e “putas”, e muitas mulheres que denunciam
estupro são acusadas de terem procurado a violência pela forma como se
comportam ou pela forma como estavam vestidas; marchamos porque a mesma
sociedade que explora a publicização de nossos corpos voltada ao prazer
masculino se escandaliza quando mostramos o seio em público para
amamentar nossas filhas e filhos; marchamos porque durante séculos as
mulheres negras escravizadas foram estupradas pelos senhores, porque
hoje empregadas domésticas são estupradas pelos patrões e porque todas
as mulheres, de todas as idades e classes sociais, sofreram ou sofrerão
algum tipo de violência ao longo da vida, seja simbólica, psicológica,
física ou sexual.
No mundo, marchamos porque desde muito novas somos ensinadas a sentir culpa e vergonha pela expressão de nossa sexualidade e a temer que homens invadam nossos corpos sem o nosso consentimento; marchamos porque muitas de nós somos responsabilizadas pela possibilidade de sermos estupradas, quando são os homens que deveriam ser ensinados a não estuprar; marchamos porque mulheres lésbicas de vários países sofrem o chamado “estupro corretivo” por parte de homens que se acham no direito de puni-las para corrigir o que consideram um desvio sexual; marchamos porque ontem um pai abusou sexualmente de uma filha, porque hoje um marido violentou a esposa e, nesse momento, várias mulheres e meninas estão tendo seus corpos invadidos por homens aos quais elas não deram permissão para fazê-lo, e todas choramos porque sentimos que não podemos fazer nada por nossas irmãs agredidas e mortas diariamente. Mas podemos.
Já fomos chamadas de vadias porque usamos roupas curtas, já fomos chamadas de vadias porque transamos antes do casamento, já fomos chamadas de vadias por simplesmente dizer “não” a um homem, já fomos chamadas de vadias porque levantamos o tom de voz em uma discussão, já fomos chamadas de vadias porque andamos sozinhas à noite e fomos estupradas, já fomos chamadas de vadias porque ficamos bêbadas e sofremos estupro enquanto estávamos inconscientes, por um ou vários homens ao mesmo tempo, já fomos chamadas de vadias quando torturadas e curradas durante a Ditadura Militar. Já fomos e somos diariamente chamadas de vadias apenas porque somos MULHERES.
Mas, hoje, marchamos para dizer que não aceitaremos palavras e ações utilizadas para nos agredir enquanto mulheres. Se, na nossa sociedade machista, algumas são consideradas vadias, TODAS NÓS SOMOS VADIAS. E somos todas santas, e somos todas fortes, e somos todas livres! Somos livres de rótulos, de estereótipos e de qualquer tentativa de opressão masculina à nossa vida, à nossa sexualidade e aos nossos corpos. Estar no comando de nossa vida sexual não significa que estamos nos abrindo para uma expectativa de violência, e por isso somos solidárias a todas as mulheres estupradas em qualquer circunstância, porque tiveram seus corpos invadidos, porque foram agredidas e humilhadas, tiveram sua dignidade destroçada e muitas vezes foram culpadas por isso. O direito a uma vida livre de violência é um dos direitos mais básicos de toda mulher, e é pela garantia desse direito fundamental que marchamos hoje e marcharemos até que todas sejamos livres.
Somos todas as mulheres do mundo! Mães, filhas, avós, putas, santas, vadias…todas merecemos respeito!
Adaptado de: http://marchadasvadiasrio.blogspot.com.br/p/manifesto.html
No mundo, marchamos porque desde muito novas somos ensinadas a sentir culpa e vergonha pela expressão de nossa sexualidade e a temer que homens invadam nossos corpos sem o nosso consentimento; marchamos porque muitas de nós somos responsabilizadas pela possibilidade de sermos estupradas, quando são os homens que deveriam ser ensinados a não estuprar; marchamos porque mulheres lésbicas de vários países sofrem o chamado “estupro corretivo” por parte de homens que se acham no direito de puni-las para corrigir o que consideram um desvio sexual; marchamos porque ontem um pai abusou sexualmente de uma filha, porque hoje um marido violentou a esposa e, nesse momento, várias mulheres e meninas estão tendo seus corpos invadidos por homens aos quais elas não deram permissão para fazê-lo, e todas choramos porque sentimos que não podemos fazer nada por nossas irmãs agredidas e mortas diariamente. Mas podemos.
Já fomos chamadas de vadias porque usamos roupas curtas, já fomos chamadas de vadias porque transamos antes do casamento, já fomos chamadas de vadias por simplesmente dizer “não” a um homem, já fomos chamadas de vadias porque levantamos o tom de voz em uma discussão, já fomos chamadas de vadias porque andamos sozinhas à noite e fomos estupradas, já fomos chamadas de vadias porque ficamos bêbadas e sofremos estupro enquanto estávamos inconscientes, por um ou vários homens ao mesmo tempo, já fomos chamadas de vadias quando torturadas e curradas durante a Ditadura Militar. Já fomos e somos diariamente chamadas de vadias apenas porque somos MULHERES.
Mas, hoje, marchamos para dizer que não aceitaremos palavras e ações utilizadas para nos agredir enquanto mulheres. Se, na nossa sociedade machista, algumas são consideradas vadias, TODAS NÓS SOMOS VADIAS. E somos todas santas, e somos todas fortes, e somos todas livres! Somos livres de rótulos, de estereótipos e de qualquer tentativa de opressão masculina à nossa vida, à nossa sexualidade e aos nossos corpos. Estar no comando de nossa vida sexual não significa que estamos nos abrindo para uma expectativa de violência, e por isso somos solidárias a todas as mulheres estupradas em qualquer circunstância, porque tiveram seus corpos invadidos, porque foram agredidas e humilhadas, tiveram sua dignidade destroçada e muitas vezes foram culpadas por isso. O direito a uma vida livre de violência é um dos direitos mais básicos de toda mulher, e é pela garantia desse direito fundamental que marchamos hoje e marcharemos até que todas sejamos livres.
Somos todas as mulheres do mundo! Mães, filhas, avós, putas, santas, vadias…todas merecemos respeito!
Adaptado de: http://marchadasvadiasrio.blogspot.com.br/p/manifesto.html
23 de março de 2012
19 de março de 2012
A alma, sem molduras ou limites
Use a cidade como um museu ilimitado
Um lugar livre de molduras e de público alienado
Sem ter restrições ou que seguir padrões
Expresse a sua alma em uma poesia
Sem nenhum crítico, sem burocracias
A essência da arte aparece sem censura
A chuva cai no muro sujo
A água leva as bitas de cigarros
Respire arte, viva arte
Ame arte, vomite arte
Não é uma coisa padronizada
Não precisa ser
Artista é quem vive
Artista é não ter medo
Viva a arte
O mundo é seu
O mundo...
Um lugar livre de molduras e de público alienado
Sem ter restrições ou que seguir padrões
Expresse a sua alma em uma poesia
Sem nenhum crítico, sem burocracias
A essência da arte aparece sem censura
A chuva cai no muro sujo
A água leva as bitas de cigarros
Respire arte, viva arte
Ame arte, vomite arte
Não é uma coisa padronizada
Não precisa ser
Artista é quem vive
Artista é não ter medo
Viva a arte
O mundo é seu
O mundo...
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